A Secretaria da Educação (Seduc) apoia a realização do IV Seminário Preparatório da Semana Diana Pitaguary nas Escolas Indígenas, nestas terça-feira (13) e quarta-feira (13). Realizado na Escola Indígena Ita-Ara, em Munguba, no município de Pacatuba, o seminário tem como objetivo formar coordenadoras e professoras destas unidades de ensino, na perspectiva de dialogar com os estudantes sobre temáticas como a violência contra a mulher, o feminicídio e a importunação sexual. As educadoras irão atuar como multiplicadoras em suas localidades, fazendo referência à Lei Diana Pitaguary n° 17.041/2019.
Bernardete Pitaguary, coordenadora da Escola Indígena Ita-Ara, explica que o seminário tem o propósito de discutir sobre o papel das escolas neste âmbito, envolvendo os alunos no debate, ao longo do mês de agosto.
“As mesas temáticas tratam de assuntos como a identificação de casos de violência nos seus diversos tipos, assim como as instituições de amparo e proteção à mulher. É muito importante o envolvimento de todos nesta causa, para que tenhamos territórios livres de violência contra a mulher. Queremos que os alunos sejam mobilizadores deste tema em suas famílias e comunidades, na intenção de promover a cultura do respeito às individualidades e da convivência harmoniosa. Após o seminário, vamos desenvolver ações práticas nas escolas indígenas, considerando o currículo, pois entendemos que somente com o conhecimento e a reflexão da realidade, é que vamos promover uma educação libertadora”, ressalta.
A secretária executiva do Ensino Médio e Profissional, Jucineide Fernandes, lembra que a discussão em torno do evento está ligada ao tema gerador de ações pedagógicas para o ano de 2024 na Seduc: “Equidade de Gênero e Proteção das Mulheres”.
“Chegou o momento de trabalharmos esta pauta levando em conta a especificidade das escolas indígenas. Vamos realizar atividades com a participação de toda a comunidade escolar, pois necessitamos ampliar as reflexões e as ações em torno desta causa”, observa.
O evento é organizado anualmente, em parceria com a Articulação das Mulheres Indígenas no Ceará (Amice), a Organização dos Professores Indígenas do Ceará (Oprince), o Projeto Tucum, o Centro de Pesquisa e Assessoria (Esplar) e a Associação para Desenvolvimento Local Co-Produzido (Adelco).
O trabalho de apoio e acompanhamento da Seduc está sob a responsabilidade da Coordenadoria de Educação Escolar Indígena, Quilombola e do Campo, e da Coordenadoria de Educação em Direitos Humanos, Inclusão e Acessibilidade.