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Malala faz Roda de Conversa com Meninas Indígenas, Quilombolas e de Periferia

Na terça feira, dia 23 de maio, a ativista e ganhadora do prêmio Nobel da Paz Malala Yousafzai esteve em Olinda-PE e conversou com meninas indígenas e quilombolas, e também com meninas que moram na periferia de Recife.

Maria Clara Tumbalalá e Shayres Pataxó foram para o encontro com Malala, representando as meninas do projeto Cunhataí Ikhã, parceria da Anaí com o Fundo Malala, e na companhia de Ana Paula Lima, ativista da Anaí e da Rede pela Educação do Fundo Malala no Brasil.

Como principais destaques, as meninas indígenas falaram para a a ativista paquistanesa sobre os principais desafios vividos por elas nas escolas indígenas, como falta de estrutura, precariedade no transporte escolar, no acesso a internet e também problemas específicos relacionados à questão de gênero, como assédio e violência sexual, pobreza menstrual e ausência de creches para as mães indígenas.

O projeto Cunhataí Ikhã, que se encerrou em maio de 2022, deixou muitas conquistas para as meninas indígenas na Bahia que dele participaram. A grande maioria delas, além de terem completado o ensino médio, estão agora no ensino superior e sonham, inspiradas pela história de Malala, poderem contribuir cada vez mais com suas comunidades e com as demandas e o movimento das mulheres indígenas no Brasil.

Shayres Pataxó disse em sua fala para Malala:

“Meu nome é Shaires, tenho 19 anos, vivo na aldeia Coroa Vermelha, sou indígena pataxó, neta, filha, mãe e em breve uma professora indígena!”

Shayres no começo do ano de 2023 foi aprovada em primeiro lugar para o curso de Linguagens e suas Tecnologias na UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia).

Já Maria Clara Tumbalalá falou para Malala dos desafios que ela tem enfrentado no Ensino Superior. Maria Clara está cursando Direito na Uefs (Universidade Estadual de Feira de Santana).

Maria relatou para Malala a enorme dificuldade que as meninas indígenas enfrentaram durante a pandemia da covid 19, por desatenção do governo da Bahia para com as escolas indígenas no período, é o tanto que isso afetou o seu Ensino Médio.

Maria também perguntou para Malala qual a importância dos povos indígenas para o Fundo Malala.

Malala respondeu às meninas as encorajando sempre a continuarem seus estudos e enfrentarem seus desafios, e disse também que, desde que o Fundo Malala começou a atuar no Brasil, meninas indígenas, quilombolas e de periferia e a sua educação têm sido prioridades para as ações do Fundo no país.

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