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Voto Indígena nas Eleições Presidenciais de 2020 nos Estados Unidos

As eleições majoritárias nos Estados Unidos têm características muito diversas às das brasileiras, em especial as eleições presidenciais, em que um mesmo candidato fica com todos os votos disponíveis em cada um dos estados em que tenha maioria. Essa característica faz com que os resultados eleitorais se tornem especialmente menos interessantes em estados em que já se saiba de antemão qual será o candidato vencedor e, inversamente, bem mais acirradamente disputados em estados em que o vencedor não esteja evidente e as diferenças tendam a ser bem mais apertadas. São os chamados ‘swing states’, em que as eleições presidenciais, válidas para todo o país, podem ser decididas por pequenas margens de votos.

Com atenção a essas características, a antropóloga Daniela Alarcon, nossa associada, produziu para a Anaí um interessante boletim especial sobre o perfil do voto indígena nas eleições presidenciais estadunidenses de 2020, intitulado “Trump não ganhou em nenhum condado com população indígena superior a 70%: uma análise dos resultados eleitorais dos Estados Unidos nos condados de maioria indígena”. Elaborado ainda no período final das apurações – que, como se sabe, são bem mais demoradas por lá -, a análise de Daniela demonstra que o voto indígena pode ter sido decisivo em ‘swing states’ como Wisconsin e, em especial, Arizona, um estado que tem 5% de população indígena, uma proporção cinco vezes maior que a média nacional. Demonstra também que, assim como os votos dos negros e latinos, o voto indígena foi francamente favorável ao candidato democrata Joe Biden, em detrimento do republicano Donald Trump. Indica, por fim, que, embora proporcionalmente minoritário, o voto indígena tem, sim, peso significativo na configuração política do eleitorado daquele país.

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