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Redes afetivas entre negras e indígenas revelam ativismo de mulheres nas Américas

Painel discutirá as práticas de ativistas negras e indígenas nas Américas – Fotomontagem: Jornal da USP – Imagens: Arte de Yacunã Tuxá via Instagram e 0melapics/Freepik

No dia 7 de dezembro, das 16 horas às 17h30, o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP promoverá o painel on-line Construindo Redes Afetivas Afro-Indígenas: Mulheres, Educação e Ativismo, que terá a presença de palestrantes do México, Equador, Estados Unidos e Brasil, com tradução simultânea em inglês, português e espanhol. A programação, que conta com a presença de ativistas, educadoras e arqueólogas, discutirá as práticas de ativistas negras e indígenas nas Américas, especialmente na educação, no reconhecimento identitário e no papel social das mulheres. As inscrições ficam abertas até o dia do evento e podem ser feitas neste link. O painel ficará disponível no canal do Youtube do MAE.

“As mulheres hoje, como no passado, desempenham papéis centrais na luta pelos direitos civis de suas comunidades”, explica Marianne Sallum, organizadora do evento, destacando o ativismo de Sônia Guajajara, ministra dos povos indígenas do Brasil, e Célia Xakriabá, deputada federal em Minas Gerais. Além de traçar as trajetórias políticas das palestrantes convidadas, a programação também inclui uma discussão sobre as mobilizações lideradas por mulheres negras e indígenas contra o aquecimento global e a demanda por maior representatividade política.

Marianne Sallum – Foto: Lattes

A pedagoga e ativista Catarina Nimbopyruá Delfina trará a perspectiva da educação indígena para o cerne da discussão, destacando o papel da oralidade e dos conhecimentos ancestrais nas práticas pedagógicas. A experiência dentro dos movimentos sociais será explorada na fala de Watatakalu Yawalapiti, uma das articuladoras do Movimento das Mulheres Indígenas no Brasil, e da ex-senadora mexicana María Celeste Sugía, ativista afrofeminista. A relação entre culturas afro-indígenas e a arqueologia ficará sob responsabilidade da arqueóloga afro-equatoriana Katherine Chalá.

O painel é parte do seminário internacional Povos Indígenas e Afro-Descendentes nas Américas: Colaboração, Arqueologia, Repatriação e Herança Cultural, que abordará as estratégias de sobrevivência ao colonialismo adotadas por comunidades indígenas e afrodescendentes nas Américas. Resultado de uma parceria entre o Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas em Evolução, Cultura e Meio Ambiente (Levoc) do MAE e a University of Massachusetts – Boston (Umass-Boston), a programação abordará temas como defesa e preservação de territórios, mudança climática e diversidade linguística e cultural.

“Diziam que não existíamos, o que era inimaginável para mim. Foi então que meu envolvimento com a arqueologia começou. Eu encontrava artefatos que provavam o contrário. Esses artefatos provavam que sempre estivemos aqui e me davam esperança.” (Natasha Gambrell)

Segundo Marianne, o evento busca aproximar a arqueologia das demandas indígenas e fortalecer parcerias entre a disciplina e as comunidades afro-indígenas. A pesquisa arqueológica tem se provado uma ferramenta indispensável na memória dos grupos afro-indígenas, como explicou Natasha Gambrell, arqueóloga indígena dos Estados Unidos, no primeiro painel do evento.

Serviço
Construindo Redes Afetivas Afro-Indígenas: Mulheres, Educação e Ativismo
Quando: 7 de dezembro, das 16 horas às 17h30
Onde: On-line, pelo Zoom
Inscrições: https://forms.gle/Ha9yHnP5B1ZaayLAA

Programação do evento – Imagem: Divulgação/MAE-USP

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