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Ministra dos Povos Indígenas visita comunidades e conversa com lideranças na BA: ‘retomar diálogo’

Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara — Foto: TV Santa Cruz

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, visitou comunidades e conversou com lideranças indígenas nesta terça-feira (20), no extremo sul da Bahia. A visita faz parte das atividades do gabinete de crise que articula ações de proteção aos povos indígenas no estado.

“Nós vamos retomar esse diálogo e ver como o Ministério da Justiça pode garantir essa segurança”, afirmou.

Segundo Guajajara, o ministério comandado por Flávio Dino pode atuar intensificando a celeridade das investigações para identificar os mandantes dos crimes e reforçando a segurança na região. No ano passado, pelo menos seis indígenas foram mortos na região.

Durante a visita, os indígenas relataram uma rotina de ameaças e medo desde o início do processo de retomada, que consiste na tentativa de ampliação do território indígena para pressionar uma demarcação. Um estudo da Funai aponta que o território de Barra Velha, que atualmente de 8 mil hectares, deveria ter 52 mil.

Os indígenas também pediram agilidade na análise do processo de demarcação das terras que estão na área de conflito.

“Nós estamos sendo constantemente ameaçados”, afirmou o cacique Bacurau Pataxó, que participou do encontro com a ministra.

As lideranças pediram a entrada da Polícia Federal nos casos, pois acreditam que o órgão pode garantir mais segurança para a comunidade.

Presidente da Funai

A presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana, também fez parte da comitiva. Segundo ela, os casos relatados pelos indígenas serão reportados à Fundação.

“Nós vamos informar a procuradoria federal especializada da Funai para acompanhar os casos de violência e violação dos direitos humanos”, afirmou.

A secretária de Gestão Ambiental e Territorial Indígena, Ceiça Pitaguary; o diretor de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas, Marcos Kaingang; a Defensora Pública Alécia Tuxaá; e a superintendente de políticas públicas dos povos indígenas, Patrícia Pataxó Hahahãe, também participaram das visitas às comunidades .

As visitas são parte da agenda do gabinete de crise instaurado para acompanhar a situação de conflitos por terras na região do extremo sul da Bahia. A medida ocorreu após dois indígenas da etnia Pataxó serem mortos a tiros na BR-101, no trecho da cidade de Itabela.

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